29/01: Salgado turned nine

text: Neno Costa (freely translated by Raquel Pinheiro); photos: Telma Mota
After a fasting tour of the sun, Salgadoâs party returned for its 9th edition at Maus HÃĄbitos. As usual in previous editions the line-up presented an appealing variety of musical proposals, making for choices between the concerts that took place on the three stages of a sold out venue. As usual, the people turned out in droves, filling the night with a friendly atmosphere, tinged with reunions and âĻbeer. The highlight goes to 10000 Russos, a band from Porto that opened the evening, with themes from their latest album Superiertia (2021) in a renewed psychedelic incursion, dense and rich in sound textures and healthy evocations. On the Stockahusen stage, the most breathable, the GÃŖrgoola were a good surprise, in a shamanic performance that left a taste for more. Salgado Stage crowded, suffocating. In the background, Samuel Ãria (Um Gajo Com PÊs De Roque Enrole) emerged from the human barrier that prevented progression, and the chords of a well-behaved punk set the audience on fire. Stage change. Inescapable for lovers of full-bodied rock with contagious psychedelia, Gator The Alligator electrified the Super Rock Stage before another good surprise, the creative and irreverent performance of Unsafe Space Garden. Return to Stockhausen stage for O Manipulador, where Manuel Molarinho orchestrated the pedal mattress that unfold and transfigured, with creative singularity, a well-manipulated bass guitar. With Salgado Stage overflowing with Pluto (Manuel Cruz and Peixe), Super Bock stage was an alternative for a dip in emotions unconfined by the punk energy of Galician Kings Of The Beach, closing the set of performances which program had to undergo some readjustments due to circumstances. A note of recognition is required for Maus HÃĄbitosâ workers, for their professionalism and friendliness, on a laborious and particularly demanding night. Happy birthday to Salgado.



29/01: O Salgado fez nove anos

texto: Neno Costa; fotos: Neno Costa & Telma Mota
Depois de uma volta ao sol de jejum, a festa do Salgado regressou para a sua 9.ÂĒ ediÃ§ÃŖo nos Maus HÃĄbitos. O programa, como tem sido usual nas ediçÃĩes anteriores, apresentou uma variedade apelativa de propostas musicais, obrigando a escolhas entre os concertos que se desenrolaram nos trÃĒs palcos de uma casa esgotada dias atrÃĄs. Como tem sido hÃĄbito, o pÃēblico acorreu em peso, tingindo a noite com um ambiente simpÃĄtico, tingido de reencontros eâĻcerveja. Destaque para os portuenses 10000 russos com temas do seu Ãēltimo ÃĄlbum, Superiertia (2021), numa incursÃŖo psicadÊlica renovada, densa e rica de texturas sonoras e saudÃĄveis evocaçÃĩes a abrir a noite. No palco Stockahusen, o mais respirÃĄvel, os GÃŖrgoola constituÃram uma boa surpresa, numa performance xamÃĸnica que soube a pouco. O Palco Salgado apinhado, sufocante. Ao fundo, Samuel Ãria (Um Gajo Com PÊs De Roque Enrole) emergiu da barreira humana que impedia a progressÃŖo e os acordes de um punk bem comportando incendiou o pÃēblico. Mudança de palco. IncontornÃĄveis para os apreciadores de um rock encorpado de psicadelismo contagiante, os Gator The Alligator eletrificaram o Palco Super Rock antes de mais outra boa surpresa, com a atuaÃ§ÃŖo criativa e irreverente dos Unsafe Space Garden. Retornou-se ao palco Stockhausen para O Manipulador, onde Manuel Molarinho orquestrou o tapete de pedais que desmultiplicaram e transfiguraram, com singularidade criativa, um baixo bem manipulado. Com o Palco Salgado a transbordar com Pluto (Manuel Cruz e Peixe), o palco Super Bock foi alternativa para um mergulho nas emoçÃĩes desconfinadas pela energia punk dos galegos Kings Of The Beach, fechando o pÊriplo de atuaçÃĩes cujo programa teve que sofrer alguns reajustes por força das circunstÃĸncias. ImpÃĩe-se uma nota de reconhecimento para os trabalhadores dos Maus HÃĄbitos, pelo profissionalismo e simpatia, numa noite laboriosa e particularmente exigente. ParabÊns ao Salgado.




